quinta-feira, 11 de maio de 2017

Lido: Pele-de-Cavalo

Uma das coisas mais curiosas que estou a ganhar com a leitura simultânea destes contos tradicionais de Adolfo Coelho e dos contos de Grimm é noções muito fortes das relações de parentesco entre os contos de cá e de lá, das semelhanças e diferenças que existem entre eles e da forma como todo este manancial de histórias contadas à volta da fogueira se deve ter ido entrelaçando e subtilmente alterando ao longo dos séculos, das viagens e dos contactos entre povos.

Ao ler-se este Pele-de-Cavalo, por exemplo, é quase impossível não pensar na Cinderela. Parece quase uma versão desse conto, apesar do início ser totalmente diferente e de não haver nem madrasta (pelo menos presente na história; é uma madrasta que lhe dá início, expulsando a protagonista — uma princesa — da casa do pai) nem irmãs malvadas nem sapatinho de cristal (que também não existe no conto dos Grimm) ou qualquer outra peça de calçado especial. Mas a estrutura do conto é praticamente idêntica, o enredo genérico também e o desfecho idem aspas, ainda que aqui tudo seja mais apressado do que na história alemã.

Seja como for, achei este conto muito interessante.

Contos anteriores deste livro:

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